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O rover lunar chinês Yutu-2 descobriu aquilo que parecem ser rochas relativamente jovens durante as suas recentes atividades de exploração no lado distante da Lua.
O rover da missão Chang'e-4 tirou fotografias de rochas espalhadas, aparentemente de cor mais clara, durante o dia lunar 13 da missão em dezembro de 2019, de acordo com o blog de divulgação cientifica em chinês Our Space.
As rochas, que são bastante diferentes das amostras já examinadas pelo rover, poderiam ajudar a equipe a compreender melhor a história geológica e a evolução da área, chamada de cratera Von Karman.
Uma análise mais detalhada das rochas por parte do grupo cientifico do rover lunar mostrou pouca erosão, que na Lua é causada por micrometeoritos e por dramáticas mudanças de temperatura durante os longos dias e noites no satélite natural da Terra. Esta anomalia implica que os fragmentos achados são relativamente jovens, com o passar do tempo as rochas têm tendência a erodir e se transformar em solo.© FOTO / CNSA/CLEP/OUR SPACE
Fragmentos de rocha lunar, incluindo uma amostra (no círculo a vermelho) destinada para análise detectada pelo rover chinês Yutu-2
"Chang'e-4 pousou em um pedaço de basalto, e estes materiais vulcânicos são muito mais escuros do que a crosta normal das terras altas lunares. Se estas rochas são realmente mais brilhantes que o solo, isso poderia significar que são formados por um componente de brilho mais alto da crosta que os solos circundantes ricos em matérias vulcânicas", explicou.
Fragmentos de rocha lunar, incluindo uma amostra (no círculo a vermelho) destinada para análise detectada pelo rover chinês Yutu-2
"Chang'e-4 pousou em um pedaço de basalto, e estes materiais vulcânicos são muito mais escuros do que a crosta normal das terras altas lunares. Se estas rochas são realmente mais brilhantes que o solo, isso poderia significar que são formados por um componente de brilho mais alto da crosta que os solos circundantes ricos em matérias vulcânicas", explicou.
O seu brilho relativo indica também que as rochas podem ter se originado em uma área muito diferente daquela que Yutu-2 está explorando.
Dan Moriarty, estagiário do programa de pós-doutoramento no Centro de Voos Espaciais Goddard da NASA, nos EUA, explicou que o tamanho, a forma e a cor das rochas fornecem pistas sobre a sua origem.
"Sendo que todas [as rochas] são bastante parecidas em tamanho e forma, é razoável presumir que elas possam estar relacionadas", disse o cientista ao portal Space.
Moriarty destacou que as imagens de alta resolução da rocha forneceriam mais informação. Se ela tem a aparência de muitos fragmentos heterogêneos "soldados" juntos, isto indicaria uma brecha de regolitos (camada solta de material heterogêneo e superficial que cobre uma rocha sólida), que são formados pelas altíssimas temperaturas de um impacto de meteorito. "Se a rocha parece mais coerente, então pode ser um elemento da crosta primária desenterrada pelo impacto", concluiu.
Fonte: Sputinik News / 24-02-2020
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HélioR.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica,
Astrobiologia e Climatologia).
Membro da Society for Science and the Public
(SSP) e assinante de conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and
Space Administration) e ESA (European Space Agency).
Participa do
projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao
Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela
NASA.A partir de 2019, tornou-se
membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), como astrônomo amador.
Participa também do projeto The Globe Program / NASA
Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o
objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela
NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric
Administration (NOAA) e U.S Department of State.
e-mail: heliocabral@coseno.com.br
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