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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Paleontóloga brasileira lidera descoberta de fóssil de réptil pré-histórico na Alemanha (FOTO)

Caros Leitores;

A descoberta na Alemanha de um fóssil com características específicas de um réptil do gênero Sphenodon da ordem Escamado, despertou a curiosidade dos paleontólogos, liderados pela brasileira Gabriela Sobral.
A descoberta deste novo réptil pré-histórico poderia ajudar a esclarecer a história evolutiva destes animais.
História rica e ancestralFóssil do Vellbergia bartholomaei© CC BY 4.0 / GABRIELA SOBRAL / TIAGO R. SIMÕES / RAINER R. SCHOCH
Fóssil do Vellbergia bartholomaei
O achado consistiu, entre outras peças, em um crânio parcial de cerca de 12,5 mm. As análises revelaram que pertencia a uma espécie desconhecida que acabou sendo apelidada de Vellbergia bartholomaei.
Seria um ancestral comum de muitos répteis?
Esta característica intrigou e fascinou os cientistas, por poder significar que o novo réptil poderia ser o ancestral comum destas duas linhagens.
Os Lepidosauromorpha são uma classe de vertebrados répteis que inclui formas extintas e formas viventes como as cobras e lagartos, totalizando cerca de 10.500 espécies.
Pesquisadores encontraram um pequeno fóssil de lepidosauromorpha em um depósito datado do período Triássico Médio (247 milhões a 237 milhões de anos atrás), em Vellberg, no sul da Alemanha.
O pequeno tamanho deste espécime - um dos menores fósseis descobertos nesta classe, poderia indiciar tratar-se de um réptil jovem, por ter órbitas relativamente grandes em relação ao tamanho do seu crânio, parecendo não estar ainda suficientemente crescido.
Contudo, "não o consideramos um recém-nascido ou jovem devido ao alto grau de ossificação dos ossos cranianos, como os ossos frontais e nasais", relatam os pesquisadores em um estudo publicado em 20 de fevereiro na revista Nature.
O estudo do Vellbergia bartholomaei poderia vir a proporcionar um melhor conhecimento sobre a evolução dos répteis.
Embora tivesse características próprias (como dentes estreitos e curtos) que o tornam uma espécie diferente de outras, o Vellbergia bartholomaei "possui um mosaico de características que são geralmente observadas tanto em rincocéfalos como em escamados", refere o estudo.
Mas os primeiros dados apontam em outro sentido, indicando "que Vellbergia é um lepidosauromorpha fora das espécies rincocéfalas e escamadas, mas com afinidades incertas com ambos", observaram os autores do estudo.
"Não, Vellbergia não é o ancestral comum das espécies rincocéfalas e escamadas. Ele é parente de ambos (mais próximo deles do que de crocodilos, aves ou tartarugas), mas não é um ancestral em si", afirmou à Sciences et Avenir a paleontóloga e bióloga brasileira doutora Gabriela Sobral, autora principal do estudo.
A pesquisadora assegurou que não é fácil estabelecer correlações entre animais que viveram há milhões de anos com atuais. Seja como for, o Vellbergia bartholomaei terá de encontrar o seu lugar na evolução das espécies.
Fonte: Sputinik News / 24/02/2020       

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HélioR.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).

Membro da Society for Science and the Public (SSP) e assinante de conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration) e ESA (European Space Agency).

Participa do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela NASA.A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), como astrônomo amador.

Participa também do projeto The Globe Program / NASA Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e U.S Department of State.


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