Caros Leitores;
Chamado de Gnathovorax cabreirai, o animal tinha dentes
pontudos, característicos de animais carnívoros, e garras afiada
Cientistas da missão Mars 2020 da NASA e da Agência
Espacial Européia - RoscosmosExoMars estão no interior australiano para
aprimorar técnicas de pesquisa antes de suas missões serem lançadas no planeta
vermelho no verão de 2020. Eles esperam entender melhor como procurar sinais de
vida antiga em Marte. A região de Pilbara, no noroeste da Austrália,
abriga "estromatólitos", as formas de vida fossilizadas confirmadas
mais antigas da Terra. Crédito: Jet PropulsionLaboratory
A equipe Mars 2020 espera
explorar o chão e o delta da cratera durante a missão principal de dois anos do
veículo espacial. Horgan disse que a equipe espera alcançar a borda da
cratera e seus carbonatos perto do final desse período.
"A possibilidade de os
'carbonatos marginais' formados no ambiente do lago serem uma das
características mais emocionantes que nos levaram ao nosso local de pouso em
Jezero. A química dos carbonatos em uma antiga margem do lago é uma receita
fantástica para preservar registros da vida e do clima antigos". disse Ken
Williford, cientista adjunto do projeto Mars 2020, do Laboratório de Propulsão
a Jato da NASA em Pasadena, Califórnia. O JPL lidera a missão
2020. "Estamos ansiosos para chegar à superfície e descobrir como
esses carbonatos se formaram".
A antiga margem do lago de
Jezero não é o único lugar que os cientistas estão animados para
visitar. Um novo estudo na GeophysicalResearchLetters aponta
para um rico depósito de sílica hidratada na beira do antigo delta do
rio. Como os carbonatos, esse mineral é excelente em preservar os sinais
da vida antiga. Se esse local for à camada inferior do delta, será um
local especialmente bom para procurar fósseis microbianos enterrados.
No Brasil, foi encontrado um dos dinossauros predadores
mais completos do mundo: o Gnathovorax cabreirai. O nome Gnathovorax significa “mandíbulas vorazes”,
enquanto "cabreirai" é uma referência Sérgio Furtado Cabreira,
palentólogo que descobriu o esqueleto do animal.
Com aproximadamente 230 milhões de anos, o
dinossauro viveu no período Triássico e é um dos mais antigos já encontrados.
Informações sobre a critura foram divulgadas recentemente no periódico
científico PeerJ, mas o fóssil foi achado em
2014 no município de São João do Polêsine, no Rio Grande do
Sul.
O paleontólogo Rodrigo Temp Müller foi
responsável por fazer a preparação do fóssil, que significa removê-lo de dentro
da rocha — um processo lento que levou alguns anos. "Então fizemos uma
análise e descobrimos que se tratava de uma espécie nova com características
que não batia com nenhum dinossauro já conhecido", ele disse.
O bicho tinha dentes característicos de animais carnívoros (bem
pontudos) e garras longas, o que facilitava a captura de presas. A espécie
também era bípede — andava apenas com as patas traseiras, enquanto as patas
dianteiras ficavam "suspensas".
O esqueleto está tão completo e
preservado que os pesquisadores conseguiram reconstruir a morfologia de seu
cérebro. Com isso, eles descobriram mais características que são comuns em
répteis predadores, como regiões bem desenvolvidas relacionadas ao equilíbrio,
foco e a visão — o que indica que Gnathovorax cabreirai foi
um predador ativo no ambiente em que viveu.
Obrigado pela sua visita e volte sempre!
HélioR.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica,
Astrobiologia e Climatologia).
Membro da Society for Science and the Public
(SSP) e assinante de conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and
Space Administration) e ESA (European Space Agency).
Participa do
projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao
Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela
NASA.A partir de 2019, tornou-se membro
da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), como astrônomo amador.
Participa também do projeto The Globe Program / NASA
Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o
objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela
NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric
Administration (NOAA) e U.S Department of State.
e-mail: heliocabral@coseno.com.br
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