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Modelo geofísico atual mostra o interior da Terra, com destaque para núcleos internos e externos.
Embora a neve seja um fenômeno que acontece na atmosfera, um novo estudo mostra que algo muito parecido está ocorrendo milhares de km abaixo da superfície, no interior do núcleo da Terra, onde as temperaturas ultrapassam 5 mil graus.
Dependendo da velocidade de como as ondas se propagam e como são absorvidas durante seu caminho, os pesquisadores podem, por exemplo, saber o tipo de material que elas estão atravessando, sua densidade e suas falhas. Essas características permitiram aos geofísicos criarem um modelo de propagação de ondas, fortemente consolidado.
Entretanto, mesmo conhecendo bem a forma como as ondas se propagam, um novo estudo revelou que elas se movem mais rapidamente do que o esperado ao atravessar o hemisfério oriental do núcleo interno superior e também mais lentamente na base do núcleo externo.
Nevando no Núcleo do TerraNo estudo, publicado no "Journal of Geophysical Research Solid Earth", uma equipe de pesquisadores sugere que essa discrepância de velocidades pode ser explicada por uma enxurrada de cristais de ferro que está se acumulando na região de interface entre o núcleo interno e o externo.
"É uma coisa bizarra de se pensar", disse o coautor do estudo Nick Dygert, ligado à Universidade do Texas. "Pelo que entendemos, há cristais dentro do núcleo externo nevando em direção ao núcleo interno por uma distância de várias centenas de quilômetros".
"É uma coisa bizarra de se pensar", disse o coautor do estudo Nick Dygert, ligado à Universidade do Texas. "Pelo que entendemos, há cristais dentro do núcleo externo nevando em direção ao núcleo interno por uma distância de várias centenas de quilômetros".
Segundo o estudo, essa espécie de revestimento em formação não é encontrada em toda a fronteira e alguns experimentos mostraram que certas ligas de ferro podem cristalizar em condições semelhantes às encontradas no núcleo externo.
A equipe comparou o processo que ocorre dentro do núcleo metálico da Terra como aquele que acontece dentro das câmaras de magma mais próximas da superfície do nosso planeta. Ali, os cristais podem se formar dentro do magma e à medida que se aproximam da superfície formam as chamadas rochas acumuladas.
Consequências
De acordo com Dygert, se o estudo estiver correto o processo está removendo material do núcleo externo e depositando-o na camada externa do núcleo interno, e essas mudanças podem ter profundas consequências em todo o planeta.
"O limite do núcleo interno não é uma superfície simples e lisa e essa deposição aleatória de material pode afetar a condução térmica e as convecções do núcleo", acrescentou o autor Youjun Zhang, também da Universidade do Texas.
A liberação de calor do núcleo interno é o responsável direto que molda o movimento do manto, que por sua vez afeta o movimento das placas tectônicas. Além disso, o núcleo interno também gera o campo magnético do nosso planeta, o que significa que a transferência de material pode ter consequências verdadeiramente globais no que se refere às linhas do campo magnético e principalmente no entendimento de como os terremotos acontecem.
Fonte: Site Apollo 11 / 23-12-2019
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HélioR.M.Cabral (Economista,
Escritor e Divulgador de conteúdos da
Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).
Membro da Society for
Science and the Public (SSP) e assinante de conteúdos científicos da NASA
(National Aeronautics and Space Administration) e ESA (European Space Agency).
Participa
do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao
Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela
NASA.A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica
Brasileira (SAB), como astrônomo amador.
Participa também do projeto The Globe Program / NASA
Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o
objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela
NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric
Administration (NOAA) e U.S Department of State.
e-mail: heliocabral@coseno.com.br
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