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Uma pequena rocha espacial colidiu com a superfície de Marte recentemente, produzindo uma nova cratera entre 15 e 16 metros de largura, fotografada pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter(MRO) da NASA.
Fonte: Hype Science / Por Natasha Romanzoti, em 24.06.2019
Uma pequena rocha espacial colidiu com a superfície de Marte recentemente, produzindo uma nova cratera entre 15 e 16 metros de largura, fotografada pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter(MRO) da NASA.
A característica – um grande buraco negro e azul no meio da paisagem plana e vermelha marciana – é claramente visível na imagem feita em abril pela câmera HiRISE (High Resolution Imaging Science Experiment) da MRO, publicada pela agência espacial norte-americana em 6 de junho deste ano.
Enquanto a HiRISE tem fotografado grandes áreas de terreno no Planeta Vermelho por mais de 13 anos, a MRO não pode olhar em todos os lugares ao mesmo tempo. Logo, não está claro exatamente quando essa nova cratera se formou.
De acordo com os cientistas, a melhor estimativa é entre setembro de 2016 e fevereiro de 2019.
Características da cratera
Segundo Veronica Bray, cientista da equipe da Universidade do Arizona (EUA), enquanto a MRO captura centenas de crateras por ano, esta está entre as maiores que ela já viu. Isso significa que o impacto que o criou foi um evento bastante raro, pelo menos até onde sabemos a partir dos 13 anos de observação contínua da sonda.
Bray estima que o objeto responsável pelo impacto tinha cerca de 1,5 metro de largura – tão pequeno que poderia ter explodido em pedaços ou erodido completamente se tivesse vindo através da atmosfera muito mais espessa da Terra.
Também pode ter sido uma rocha mais sólida do que o habitual, porque outras rochas que entram na atmosfera de Marte geralmente se estilhaçam no ar e criam cadeias de crateras quando seus pedaços chegam ao terreno abaixo.
Bray explica que Marte é um lugar dinâmico, com dunas de areia movediças e redemoinhos de poeira, mas ela acha que as crateras são as características mais interessantes da superfície do Planeta Vermelho. A cor dessa cratera em particular é fascinante, porque nos deixa ver claramente a onda de impacto – a zona escura onde a poeira foi removida da superfície.
Abaixo está provavelmente a rocha basáltica, baseado no que sabemos da geologia de Marte e nas cores que aparecem na imagem. Existem também zonas com tonalidade azulada, que podem ou não estar expostas ao gelo. Enquanto a cratera explodiu na região de Valles Marineris, perto do relativamente quente equador marciano, é possível que haja um pouco de gelo sob a poeira, de acordo com Bray.
Compartilhando dados
Peter Grindrod, pesquisador do programa ExoMars e cientista planetário do Museu de História Natural de Londres, postou uma imagem animada mostrando fotos de menor resolução “antes” e “depois” da região na rede social Twitter, além de um mapa de altura mostrando a cratera em relação ao terreno plano ao seu redor.
Grindrod acrescentou que este trabalho só é possível porque a HiRISE fornece diversos dados abertamente, permitindo a republicação e modificação das imagens para cientistas ou membros interessados do público que queiram aprender mais sobre Marte.
“Tudo o que fazemos é abrir dados e distribui-los o máximo possível”, disse ele sobre os pesquisadores espaciais, acrescentando que os cientistas participantes da missão geralmente têm um breve período com acesso exclusivo aos dados, para que possam publicar suas próprias descobertas primeiro.
Por exemplo, ele é um investigador convidado do “Trace Gas Orbiter” da ExoMars, que chegou ao Planeta Vermelho em 2016. Grindrod está estudando “processos ativos” como redemoinhos de poeira e dunas. Imagens de antes e depois são ótimas para investigar esses fenômenos temporários, esclarece o pesquisador, e foi por isso que ele se inspirou para fazer o GIF da nova cratera. [Space]
Fonte: Hype Science / Por Natasha Romanzoti, em 24.06.2019
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Hélio
R.M. Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de
conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).
Membro
da Society for Science and the Public (SSP) e assinante de conteúdos científicos
da NASA (National Aeronautics and Space Administration) e ESA (European Space
Agency).
Participa do projeto S`Cool Ground Observation
(Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant
Energy System) administrado pela NASA. A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica
Brasileira (SAB), como astrônomo amador.
Participa também do
projeto The Globe Program / NASA Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação
Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este
projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado
pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e U.S Department of
State.
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heliocabral@coseno.com.br
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