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sexta-feira, 28 de junho de 2019

ONU teme "apartheid climático"

Caros Leitores;

Os direitos humanos mais básicos podem não sobreviver às alterações climáticas, especialmente entre a população vulnerável dos países mais pobres.
A conclusão é da Organização das Nações Unidas e consta no relatório sobre a pobreza extrema e direitos humanos, apresentado esta sexta-feira por Philip Alstom.
De acordo com o relator especial da ONU, "a humanidade arrisca-se a enfrentar um cenário de "apartheid climático", em que os ricos pagam para evitar o sobreaquecimento, a fome e os conflitos, enquanto o resto do mundo é remetido ao sofrimento".
No mesmo documento, é defendido que vão ser os países em desenvolvimento a suportar 75% dos custos da crise climática. Um paradoxo se tivermos em conta que os 3 bilhões 500 milhões de pessoas que lá vivem são responsáveis por apenas 10% das emissões de carbono. Metade dessas mesmas emissões em todo o mundo têm origem nos mais ricos 10% da população.
Iniciativas como o ativismo de Greta Thunberg e as múltiplas manifestações contra as alterações climáticas têm nota positiva.
Vídeo: https://youtu.be/ZZIxid8EcEQ

No entanto, Alston é muito crítico com governos, as ONG, os líderes políticos como Donald Trump ou até mesmo a própria Organização das Nações Unidas.
Para o relator, as instituições têm de fazer muito mais, porque acordos como o de Paris estão a fazer muito pouco.
As consequências estão já a vista. A falta de ação para reverter as alterações climáticas leva à progressiva escassez de água e comida. Um fenómeno que afeta os mais pobres, gera instabilidade nas regiões afetadas e dá muitas vezes origem a guerras, que apenas agravam o círculo vicioso do subdesenvolvimento.

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Fonte: Euro News / 28-06-2018
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Hélio R.M. Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).

Membro da Society for Science and the Public (SSP) e assinante de conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration) e ESA (European Space Agency).

Participa do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela NASA. A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), como astrônomo amador.

Participa também do projeto The Globe Program / NASA Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e U.S Department of State.




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