Caros Leitores;
Os cientistas chineses esperam que a sonda Tianwen-1 entre na órbita de Marte em 10 de fevereiro e comece a enviar dados para a nova antena refletora.
Os últimos testes da maior antena refletora da Ásia, desenvolvida pela China, foram concluídos com sucesso na quinta-feira (4). Dessa forma, o equipamento está pronto para receber dados da primeira missão de Pequim em Marte, chamada Tianwen-1, reporta o jornal chinês Global Times.
A capacidade de receber esses dados é crucial para o sucesso da primeira missão de exploração de Marte pela China, comenta Li Chunlai, vice-designer-chefe do projeto. "Para ser mais clara, enviar dados de volta é como apontar um ponteiro laser sobre a sonda na Terra", descreve Li à mídia.
A antena de alto desempenho, entregue aos Observatórios Astronômicos Nacionais da Academia Chinesa de Ciências, tem 72 metros de altura e pesa 2.700 toneladas. Composta por 1.328 painéis de alta precisão, tem o tamanho aproximado de 286 metros de comprimento por 150 metros de largura. O diâmetro do refletor principal é de até 70 metros.
A construção da antena refletora chinesa começou em 2018, em Tianjin, e foi especialmente projetada para a missão de Tianwen-1 no Planeta Vermelho. Tianwen-1 agora está acelerando em direção ao seu destino, a uma distância de 170 milhões de quilômetros da Terra.
Espera-se que a sonda chegue ao campo gravitacional do Planeta Vermelho na próxima semana, realize uma manobra de frenagem e entre na órbita de Marte por volta de 10 de fevereiro, um dia antes da véspera do Ano Novo Chinês.
Várias cargas úteis a bordo da espaçonave serão ligadas uma após a outra e retornarão dados, o que significa que as "horas mais intensas de trabalho" para a antena chegaram, explica Wang Yanan, editor-chefe da revista Aerospace Knowledge, ao jornal.
"Além do tamanho da antena, outro fator importante é a precisão na detecção da direção do sinal", comenta Wang. Se a antena falhar em ajustar o ângulo em direção à origem, ela não poderá receber dados.
A sonda Tianwen-1 foi lançada em julho de 2020 e faz parte do ambicioso projeto da Administração Espacial Nacional da China (CNSA, na sigla em inglês), que visa implantar um orbitador e uma espaçonave na superfície de Marte. Se o pouso do veículo for bem-sucedido, a China se tornará o segundo país a operar um veículo espacial com sucesso no Planeta Vermelho, depois dos EUA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário